SAIU NA SUPER INTERESSANTE
O uso de celulares por crianças tem aumentado a preocupação...
Falar menos é a principal dica para evitar riscos.
O uso de celulares por crianças tem aumentado a preocupação sobre sua relação - ainda incerta - com o surgimento de doenças. Falar menos é a principal dica para evitar riscos.
A oferta de produtos de telefonia móvel aumenta a cada dia, e as empresas têm investido pesadamente para ampliar sua inserção entre as crianças. Segundo uma pesquisa do Ibope/NetRatings divulgada no ano passado, que ouviu 7 mil crianças de doze países, os brasileirinhos são os que mais usam o celular: 81% utilizam o aparelho três ou mais vezes por semana, 50% a mais do que as crianças japonesas.
O celular pode proporcionar sensação de segurança aos pais, que com ele são capazes de encontrar os filhos onde quer que estejam, mas é preciso ficar atento à relação de custo e benefício do produto. "Você oferece um risco adicional à criança dando-lhe um celular [com relação à probabilidade de desenvolver algum tipo de câncer]", afirma Silvana Turci, responsável pela área de Vigilância do Câncer Ocupacional e Ambiental do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Para ela, "criança não tem que ter celular". Isso porque a espessura do crânio das crianças é cerca de quatro vezes menor que a dos adultos, o que permite maior penetração das ondas eletromagnéticas emitidas pelo aparelho. E, ainda, porque as células das crianças se reproduzem mais rapidamente, deixando-as mais suscetíveis a qualquer risco.
Em alguns países, como a Inglaterra, os governos recomendam que as crianças e os adolescentes sejam desestimulados a falar em celulares, limitando-se ao essencial. Na França, foi imposta uma lei que proibiu o uso de celulares nas escolas, para preservar os pequenos das ondas eletromagnéticas. Na ocasião, os parlamentares franceses chegaram a levar a questão à Organização Mundial da Saúde (OMS), alegando a necessidade de pesquisas sobre o assunto. Até hoje, no entanto, nada muito relevante foi publicado.
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